Reunião com o Prof. Paulo, o que você achou?
No dia 23 de abril, a PROAE (Pró-reitoria de Assuntos Estudantis) enviou para a residência o seu Pró-Reitor Adjunto, professor Paulo Roberto da Paiva Campos, para responder uma série de questionamentos organizados em duas pautas, uma organizada pelos conselheiros e conselheiras e outra pelo MORE(Movimento Organizado das Residências Estudantis). A reunião estava marcada para as 22:15 e começou bem próximo às 23 horas.
O pró-reitor teve o cuidado de ler cada um dos pontos das pautas e, tranquilamente, responder. Depois foi aberto para questionamentos e vários e várias residentes poderão fazer perguntas que foram respondidas imediatamente por ele. Algumas frases eram recorrentes nas respostas, como: “não vou prometer pra não cumprir”, “eu gosto dos residentes, mas tem professores que não”, “se eu continuar na pró-reitoria eu vou tentar fazer isso, mas não sei se vou continuar” etc.
Essa reunião foi importante, pois a ultima vez que a pró-reitoria tinha “mostrado a cara” foi em 2012. É importante que tenham mais reuniões como essas, dessa forma a pró-reitoria de assuntos estudantil tem acesso diretamente as nossas demandas, porque assistência estudantil não é um favor muito menos caridade, mas sim um direito conquistado com muita luta.
E é exatamente esse o ponto mais importante! Muitos estudantes entram na residência sem compreender que o pouco que temos é fruto de vitórias, reuniões e mais reuniões chatas, pressões, debates etc. Mostramos na reunião com prof. Paulo demandas objetivas e concretas como manutenção da lavanderia, bicicletario e saída de emergência para os prédios.
Sobre esse ultimo ponto, saída de emergência para os prédios, há uma questão muito séria em jogo: A universidade vai esperar acontecer alguma fatalidade para tomar alguma providência? Há algumas semanas, em umas quarta feira pela manhã, as meninas tiveram que evacuar a campus IV por causa de um vazamento de gás na cozinha. Felizmente nada mais grave aconteceu, mas nós vamos esperar? A saída de emergência é uma reivindicação antiga e nenhum dos pontos respondidos pelo professor tinha prazo, mesmo as coisas mais simples.
E como “quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem”, já diria Rosa Luxemburgo, é importante o nosso movimento. Precisamos continuar cobrando no lugar de ficar esperando que a PROAE faça as coisas por nós. Não adianta passar um bom período pela residência e não contribuir para que ela seja melhor do que é hoje, para os nossos irmãos e irmãs mais novos, para os nossos filhos, para os nossos netos e quem mais precise. Precisamos enxergar para além dos nossos umbigos.