terça-feira, 4 de maio de 2010

A ufrn e o dilema dos gatos

Um dos problemas que há muito vem afetando a UFRN diz respeito à proliferação dos gatos que são abandonados no interior do Campus Universitário. Libertos, colocados à própria sorte, sem o acompanhamento sistemático devido, eles incomodam, o que se agrava pela quantidade sempre crescente e as condições inadequadas para a vida a que são submetidos. A situação tem deixado visíveis duas posturas, ambas atendendo à questão pela via predominantemente emocional: de um lado pessoas que passam a maltrata-los das mais diferentes formas. Outras, em sentido aparentemente inverso, passam a alimentá-los atitude que, longe de resolver a situação dos gatos que precisam de outros cuidados – “a gente não quer só comida”..., estimula a permanência da situa&cc edil;ão.

A questão é complexa e demanda pela boa vontade de todos.

Quanto à UFRN, que não é um ambiente compatível para os gatos, mas uma Instituição de Ensino e Formação, seu papel tem sido, prioritariamente, o de se abrir para o diálogo em busca de soluções. A principal dela diz respeito à sensibilização da comunidade universitária para o ciclo vicioso que se instalou entre o abandono e o cuidado restrito à alimentação. O ato de abandono é considerado crime pelo Código Municipal de Defesa e Bem Estar Animal. Soltos no espaço do Campus, são dadas as condições para que eles contraiam diversos tipos de doenças, como a raiva e a toxoplasmose. E as transmitam.

Por outro lado, posto que um ser vivo demanda outros cuidados, o ato de apenas alimentar nas condições em que são deixados, caracteriza maus tratos. Um animal precisa de cuidados sempre, e não a partir da boa vontade esporádica e aleatória, em alguns momentos. Esta situação se agrava nos fins de semana, quando o Campus fica desativado, e os animais não têm o que comer.

Do ponto de vista emergencial, a UFRN já chegou a retirar, em apenas um ano, cerca de 200 animais que foram encaminhados a uma ONG parceira para tratamento e posterior campanha de adoção. Mas a situação se repete, as pessoas tornam a abandonar, outras , a alimentar, e o ciclo, permanecendo, se agrava. Nos primeiros três meses do ano foram diagnosticados 43 casos de toxoplasmose, segundo o Centro Clínico de Patologia de Natal. O crescimento dos casos tem despertado preocupação e três técnicos do Ministério da Saúde estão em Natal para investigar as possíveis causas da doença.

Empenhada em avançar na solução definitiva para o problema, a DMA volta a lançar esta questão para reflexão.

fonte:www.meioambiente.ufrn.br

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