sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

UMA FERIDA DIFÍCIL DE CICATRIZAR

Em 2003, o Governo Federal sancionou a Lei nº 10.639/03, que garante a obrigatoriedade do ensino da História da África, cultura afro-brasileira e dos africanos no currículo escolar do ensino de base. Já o Art. 26, acrescido a LDB, 9.394/96, provoca bem mais que a inclusão de novos conteúdos; exige que se repensem as relações étnico-raciais, sociais, pedagógicas, procedimentos de ensino, condições oferecidas para a aprendizagem, objetivos tácitos e explícitos da educação oferecida pelas escolas.

Apesar de ser uma Lei federal, não temos visto ela em prática: não temos uma educação antiracista que prepare a sociedade para trabalhar com tais temáticas e relações. Em consequência, o preconceito e racismo continuam sendo reproduzidos em salas de aula. Assim, (infelizmente) comportamentos de estudantes como a agressora do companheiro Antônio do Piauí, comportamento racista, atrasado e extremamente prejudicial a toda sociedade ainda se repete. Como dizer que um país como o nosso não é racista? Como fechar os olhos para tais absurdos?

Não é de hoje que esse racismo vem nos prejudicando, foi assim com a Lei de Terras, na Guerra do Paraguai, na Lei do Ventre Livre, na proibição do negro em freqüentar escolas, e agora vemos isso no combate às políticas de cotas, por exemplo. Tudo isso demonstra que existe um ódio muito grande para com nossa etnia, nossa origem, nossos costumes. Desde a “Democracia Racial” de Gilberto Freire esse país tem deixado de lado as discussões a cerca de racismo e preconceito, e sabemos que temas como esses devem ser tratados e questionados diariamente.

Fica nosso repúdio à atitude da “estudante” Maria Cleide, nosso conforto ao companheiro Antônio desejando a ele muita força, pois sabemos que as palavras da agressora não feriram somente a ele, mas a cada um de nós que lutamos por um mundo sem racismo. Que a justiça seja feita – força companheiro.

FEOP/RN, Natal, 2010
feopbrasil@gmail.com / feop.blogspot.com

SBPC


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

62ª Reunião Anual da SBPC: inscrições com desconto até 21 de fevereiro

Encontro acontece de 25 a 30 de julho, no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal. O tema central da reunião será "Ciências do Mar: Herança para o Futuro" - assunto escolhido pelo fato de o litoral brasileiro se constituir em um ecossistema de alta relevância ambiental, com significativo potencial econômico e social para o país.

Até 21 de fevereiro, os interessados em se inscrever no evento terão descontos maiores na taxa de inscrição. Sócios da SBPC, nas categorias de estudantes de ensino superior e/ou professores da educação básica ou técnica e/ou sócios de sociedade associada, pagam R$ 20; professores de ensino superior e outros profissionais pagam R$ 50. Não sócios da SBPC pagam R$ 40 e R$ 100 nas respectivas categorias.

Já quem se associar à SBPC até essa data terá isenção na taxa de inscrição. Paga apenas pela anuidade: R$ 60 (estudantes, professores da educação básica ou técnica e/ou sócios de sociedade associada) ou R$ 110 (professores de educação superior e demais categorias), e tem ainda a vantagem de receber gratuitamente assinaturas da revista Ciência e Cultura e do Jornal da Ciência.

Os inscritos poderão assistir a centenas de conferências, simpósios e mesas-redondas e também participar, mediante pagamento adicional de R$ 10, de um dos minicursos que serão ministrados durante o evento.

Mais informações e inscrições em: www.sbpcnet.org.br/natal/home

fonte: http://www.andifes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2903&Itemid=37

62ª Reunião Anual da SBPC: inscrições com desconto até 21 de fevereiro

Encontro acontece de 25 a 30 de julho, no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal. O tema central da reunião será "Ciências do Mar: Herança para o Futuro" - assunto escolhido pelo fato de o litoral brasileiro se constituir em um ecossistema de alta relevância ambiental, com significativo potencial econômico e social para o país.

Até 21 de fevereiro, os interessados em se inscrever no evento terão descontos maiores na taxa de inscrição. Sócios da SBPC, nas categorias de estudantes de ensino superior e/ou professores da educação básica ou técnica e/ou sócios de sociedade associada, pagam R$ 20; professores de ensino superior e outros profissionais pagam R$ 50. Não sócios da SBPC pagam R$ 40 e R$ 100 nas respectivas categorias.

Já quem se associar à SBPC até essa data terá isenção na taxa de inscrição. Paga apenas pela anuidade: R$ 60 (estudantes, professores da educação básica ou técnica e/ou sócios de sociedade associada) ou R$ 110 (professores de educação superior e demais categorias), e tem ainda a vantagem de receber gratuitamente assinaturas da revista Ciência e Cultura e do Jornal da Ciência.

Os inscritos poderão assistir a centenas de conferências, simpósios e mesas-redondas e também participar, mediante pagamento adicional de R$ 10, de um dos minicursos que serão ministrados durante o evento.

Mais informações e inscrições em: www.sbpcnet.org.br/natal/home

fonte: http://www.andifes.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2903&Itemid=37

censura em tempos modernos

Galera, a crise tá geral... primeiro fazem uma reportagemzinha barata de um modelo de Residência Universitária que em nada tem a ver com nossa realidade propriamente dita, uma Residência que nem é da UFRN e sim uma casa alugada. Revoltados conseguimos fazer com que a Tribuna do Norte viesse até a Campus mostrar como de fato é uma residência universitária, o problema é que a reportagem foi barrada, simplismente não publicaram, certamente os mesmos que encomendaram a primeira reportagem imprediram a publicação da outra que mostrava a realidade de fato... são essas práticas que nos deixam tristes e angustiados, no entanto, essas mesmas práticas nos dão forças pra caminhar na direção da democracia verdadeiramente ampla!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

modelo de residencia universitária 2

Olá companheiros/as, venho tornar público a reportagem da Tribuna do Norte publicada no dia 24 de Janeiro de 2010, essa reportagem mostra a "realidade" das Residências da UFRN que teriam sete quartos, seis banheiros, piscina, cozinha, área de lazer e sala de estudos (Tribuna do Norte 2010), mas será que a realidade das nossas Residências é essa mesmo? será que a convivência é de fato pacífica e as regras são respeitadas como a reportagem coloca?

Nós residentes mas do que ninguem sabemos que nosso dia-a-dia é bem diferente. Temos convivências nem sempre pacíficas, convivemos num espaço extremamente pequeno (um quarto de 3,50 X 7 onde se agkutinam 6 estudantes no caso da residencia I e II do campus), somado a isso um acompanhamento que nem sempre se faz presente. Temos melhorias sim, as coisas não são mas como antigamento, de fato estão melhores, mas ainda não está no nível apresentado na reportagem e tampouco aquele é o modelo de residência da UFRN.

O que queremos saber é o porquê de terem escolhido aquela residência para a reportagem, pois sabemos que Casa mostrada na reportagem, nem é da UFRN, foi alugada para abrigar os estudantes da Biomédica enquanto reformavam a mesma, pois ela se encontrava em estado bastante crítico. Isso por se, mostra que a coisa não é tão formidável assim. Basta saber por que e com que interesse essa reportagem prioriza a "residência modelo" da UFRN.

http://tribunadonorte.com.br/noticia/estudantes-recebem-bolsas-auxilio/138502

modelo de residencia universitária

Galera a Tribuna do Norte fez uma reportagem sobre Residências Universitárias da UFRN, saca só o modelo que escolheram. Gente a reportagem é brincadeira e um desrespeito para com quem realmente sabe como é viver em uma residencia, mas vou deixar vocês mesmos verem, aí vai o linck:

http://tribunadonorte.com.br/noticia/estudantes-recebem-bolsas-auxilio/138502

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

ATENÇÃO

ATENÇÃO

         CAROS ALUNOS, INFORMAMOS QUE DEVIDO A NECESSIDADE DE DEMOLIÇÃO DAS ÁREAS DO BANHEIRO E COPA DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO FICAREMOS INVIABILIZADOS DE UTILIZARMOS PRATOS, COPOS E TALHERES.
        DESTE MODO, AS REFEIÇOES SERÃO DISTRIBUIDAS EM QUENTINHAS NO RU PARA SEREM CONSUMIDAS NAS RESIDÊNCIAS.
     PEDIMOS QUE, AO IREM BUSCAR OS ALIMENTOS, PROVIDENCIEM DEPÓSITOS (garrafas) PARA TRANSPORTAR OS LIQUIDOS TANTO NO ALMOÇO QUANTO NO JANTAR.
     PARA OS QUE TIVEREM A EXTREMA NECESSIDADE DE FAZER AS SUAS REFEIÇÕES NO RU, SERÃO POSSIVÉIS APENAS COM O MATERIAL DESCARTAVÉIS (TALHERES E QUENTINHAS).

AGRADECEMOS A COMPREENSÃO

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O Departamento de Assistência ao Estudante – DEAE

Inserido na Secretaria de Assuntos Estudantis – SAE, é o setor responsável pela operacionalização programas de Assistência Estudantil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Atua especificamente no atendimento ao discente de baixa renda, efetuando o cadastro e seleção dos que pleiteiam os benefícios e serviços oferecidos por esta Instituição de Ensino Superior por meio de Programas Específicos, discriminados a seguir.

fonte: http://www.sae.ufrn.br/conteudo/servicos/assistencia/informacoes.htm

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

CONSTRUÇÃO DA RESIDÊNCIA CAMPUS III É AUTORIZADA PELO REITOR

Em reunião, segunda-feira, dia 14/12/09, o Reitor da UFRN, José Ivonildo do Rêgo, assinou os documentos que permitirão a construção da Residência Universitária Campus III.

Estavam presentes na ocasião representantes da empresa que venceu a licitação da obra, o Secretário de Assuntos Estudantis, o Secretário Adjunto da SAE, DCE e conselheiros das residências.

DATAS PARA INSCRIÇÕES NOS PROGRAMAS DE BOLSAS 2010.1

Bloco de textoBOLSA RESIDÊNCIA

ALUNOS VETERANOS:
Período de Inscrição On-line no Sigaa: 11/01 a 20/01/10
Publicação dos Pré Selecionados para Entrevista: 22/01/2010
Apresentação de Documentos e Entrevista com os Candidatos Pré Selecionados Via Cadastro Único: 25 a 29/01/10

ALUNOS NOVATOS:
Período de Inscrição On-line no Sigaa: 03 a 09/02/10
Apresentação de Documentos e Entrevista: 03 a 09/02/10

BOLSA ALIMENTAÇÃO

ALUNOS VETERANOS:
Período de Inscrição On-line no Sigaa: 11/01 a 20/01/10
Publicação dos Pré Selecionados para Entrevista: 22/01/2010
Apresentação de Documentos e Entrevista com os Candidatos Pré Selecionados Via Cadastro Único: 25 a 29/01/10

ALUNOS NOVATOS:
Período de Inscrição On-line no Sigaa: 03 a 09/02/10
Apresentação de Documentos e Entrevistas com os Candidatos: 03 a 09/02/10

BOLSA RESIDÊNCIA DE PÓS-GRADUAÇÃO

Período de Inscrição On-line no Sigaa: 01 a 06/04/10
Apresentação de Documentos e Entrevistas: 07 a 09/04/10

2) BOLSA ALIMENTAÇÃO e BOLSA RESIDÊNCIA SANTA CRUZ

Período de Inscrição On-line no Sigaa: 22/02 a 28/02/10
Publicação dos Pré Selecionados para Entrevista: 02/03/2010
Apresentação de Documentos e Entrevista com os Candidatos Pré Selecionados Via Cadastro Único: 03 e 04/03/10

3) BOLSA RESIDÊNCIA - CURRAIS NOVOS

Período de Inscrição On-line no Sigaa: 22/02 a 03/03/10
Publicação dos Pré Selecionados para Entrevista: 05/03/2010
Apresentação de Documentos e Entrevista com os Candidatos Pré Selecionados Via Cadastro Único: 09/03/10

4) AUXILIO TRANSPORTE – CURRAIS NOVOS

Período de Inscrição On-line no Sigaa: 22/02 a 03/03/10
Publicação dos Pré Selecionados para Entrevista: 05/03/2010
Apresentação de Documentos e Entrevista com os Candidatos Pré Selecionados Via Cadastro Único: 09/03/10

5) BOLSA RESIDÊNCIA CAICÓ

Período de Inscrição On-line no Sigaa: 22/02 a 03/03/10
Publicação dos Pré Selecionados para Entrevista: 05/03/2010
Apresentação de Documentos e Entrevista com os Candidatos Pré Selecionados Via Cadastro Único: 09/03/10 e 10/03/10

6) AUXILIO TRANSPORTE - CAICÓ

Período de Inscrição On-line no Sigaa: 22/02 a 03/03/10
Apresentação de Documentos e Entrevista com os Candidatos Pré Selecionados Via Cadastro Único: 09 e 10/03/10


INFORMAÇÕES:
Telefone: 3215-3312 e-mail: deae@reitoria.ufrn.br

Galera vamo se ligar nessas datas e trazer a documentação direitinho que o processo tá cada vez mais concorrido!

Consepe muda regulamento de graduação da UFRN

Resolução aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte estabelece que a partir do próximo semestre, os alunos só poderão trancar a disciplina uma única vez, e o prazo foi reduzido de dois terços do período letivo para um terço.

As alterações no Regulamento de Graduação foram aprovadas na reunião que o Consepe realizou no início deste mês. As principais mudanças ocorridas foram no âmbito acadêmico relacionadas ao trancamento de disciplina, jubilamento, trancamento de curso e novos índices acadêmicos.

Outra mudança foi que o aluno que não efetuar matrícula no período letivo, não conseguir aprovação em nenhum componente curricular ou que tranque todos os componentes curriculares matriculado seja jubilado por abandono de curso.

Alterações também foram feitas no âmbito do trancamento do curso, que só poderá ser solicitado semestre a semestre, e em alguns casos depois que o período acabar, para evitar o jubilamento. Além disso, o prazo foi reduzido de dois terços do período letivo para um terço.

O Índice de Rendimento Acadêmico – IRA, apesar de continuar a ser calculado, não será mais divulgado no histórico nem utilizado para nenhuma função no SIGAA. Ele vai ganhar novos índices denominados: Média de Conclusão – MC, Média de Conclusão Normalizada – MCN, Índice de Eficiência Acadêmica – IEA e Índice de Eficiência Acadêmica Normalizada – IEAN.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Memória Musical Brasileira


O presidente Lula sancionou e o Diário Oficial da União publicou na última sexta-feira (15/1)  a lei em quer toda obra musical (em video ou áudio) produzida no Brasil terá que ser enviada à Biblioteca Nacional – leia aqui a íntegra da lei.

O que são consideradas obras musicais? São toda partitura, fonograma e videograma musical, produzidos por qualquer meio ou processo, para distribuição gratuita ou venda. A lei visa assegura o registro, guarda e divulgação da produção musical brasileira, que ficará à disposição para consulta pública em versões impressa e digital.

Mais detalhes aqui no site do Ministério da Cultura.

Mais uma coisa que a imprensa não divulga é o Portal Domínio Público, biblioteca digital do Ministério da Educação, que tem cerca de 20 mil títulos em seu acervo (textos, áudios, imagens, vídeos). Todas as obras são de domínio público.

fonte: Ministério da Cultura

Manifesto em Defesa da Democracia e do MST

“...Legitimam-se não pela propriedade, mas pelo trabalho,
nesse mundo em que o trabalho está em extinção.
Legitimam-se porque fazem História,
num mundo que já proclamou o fim da História.
Esses homens e mulheres são um contra-senso
porque restituem à vida um sentido que se perdeu...”
(“Notícias dos sobreviventes”, Eldorado dos Carajás, 1996).


A reconstrução da democracia no Brasil tem exigido, há trinta anos, enormes sacrifícios dos trabalhadores. Desde a reconstrução de suas organizações, destruídas por duas décadas de repressão da ditadura militar, até a invenção de novas formas de movimentos e de lutas capazes de responder ao desafio de enfrentar uma das sociedades mais desiguais do mundo. Isto tem implicado, também, apresentar aos herdeiros da cultura escravocrata de cinco séculos, os trabalhadores da cidade e do campo como cidadãos e como participantes legítimos não apenas da produção da riqueza do País (como ocorreu desde sempre), mas igualmente como beneficiários da partilha da riqueza produzida.

O ódio das oligarquias rurais e urbanas não perde de vista um único dia, um desses novos instrumentos de organização e luta criados pelos trabalhadores brasileiros a partir de 1984: o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra – MST. E esse Movimento paga diariamente com suor e sangue – como ocorreu há pouco no Rio Grande do Sul, por sua ousadia de questionar um dos pilares da desigualdade social no Brasil: o monopólio da terra. O gesto de levantar sua bandeira numa ocupação traduz-se numa frase simples de entender e, por isso, intolerável aos ouvidos dos senhores da terra e do agronegócio. Um País, onde 1% da população tem a propriedade de 46% do território, defendida por cercas, agentes do Estado e matadores de aluguel, não podemos considerar uma República. Menos ainda, uma democracia.

A Constituição de 1988 determina que os latifúndios improdutivos e terras usadas para a plantação de matérias primas para a produção de drogas, devem ser destinados à Reforma Agrária. Mas, desde a assinatura da nova Carta, os sucessivos Governos têm negligenciado o seu cumprimento. À ousadia dos trabalhadores rurais de garantir esses direitos conquistados na Constituição, pressionando as autoridades através de ocupações pacíficas, soma-se outra ousadia, igualmente intolerável para os senhores do grande capital do campo e das cidades: a disputa legítima e legal do Orçamento Público.

Em quarenta anos, desde a criação do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), cerca de um milhão de famílias rurais foram assentadas - mais da metade de 2003 pra cá. Para viabilizar a atividade econômica dessas famílias, para integrá-las ao processo produtivo de alimentos e divisas no novo ciclo de desenvolvimento, é necessário travar a disputa diária pelos investimentos públicos. Daí resulta o ódio dos ruralistas e outros setores do grande capital, habituados desde sempre ao acesso exclusivo aos créditos, subsídios e ao perdão periódico de suas dívidas.

O compromisso do Governo de rever os critérios de produtividade para a agricultura brasileira, responde a uma bandeira de quatro décadas de lutas dos movimentos dos trabalhadores do campo. Ao exigir a atualização desses índices, os trabalhadores do campo estão apenas exigindo o cumprimento da Constituição Federal, e que os avanços científicos e tecnológicos ocorridos nas últimas quatro décadas, sejam incorporados aos métodos de medir a produtividade agrícola do nosso País.

É contra essa bandeira que a bancada ruralista do Congresso Nacional reage, e ataca o MST. Como represália, buscam, mais uma vez, articular a formação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o MST. Seria a terceira em cinco anos. Se a agricultura brasileira é tão moderna e produtiva – como alardeia o agronegócio, por que temem tanto a atualização desses índices?

E, por que não é criada uma única CPI para analisar os recursos públicos destinados às organizações da classe patronal rural? Uma CPI que desse conta, por exemplo, de responder a algumas perguntas, tão simples como: O que ocorreu ao longo desses quarenta anos no campo brasileiro em termos de ganho de produtividade? Quanto a sociedade brasileira investiu para que uma verdadeira revolução – do ponto de vista de incorporação de novas tecnologias – tornasse a agricultura brasileira capaz de alimentar nosso povo e se afirmar como uma das maiores exportadoras de alimentos? Quantos perdões da dívida agrícola foram oferecidos pelos cofres públicos aos grandes proprietários de terra, nesse período?

O ataque ao MST extrapola a luta pela Reforma Agrária. É um ataque contra os avanços democráticos conquistados na Constituição de 1988 – como o que estabelece a função social da propriedade agrícola – e contra os direitos imprescindíveis para a reconstrução democrática do nosso País. É, portanto, contra essa reconstrução democrática que se levantam as lideranças do agronegócio e seus aliados no campo e nas cidades. E isso é grave. E isso é uma ameaça não apenas contra os movimentos dos trabalhadores rurais e urbanos, como para toda a sociedade. É a própria reconstrução democrática do Brasil, que custou os esforços e mesmo a vida de muitos brasileiros, que está sendo posta em xeque. É a própria reconstrução democrática do Brasil, que está sendo violentada.

É por essa razão que se arma, hoje, uma nova ofensiva dos setores mais conservadores da sociedade contra o Movimento dos Sem Terra – seja no Congresso Nacional, seja nos monopólios de comunicação, seja nos lobbies de pressão em todas as esferas de Poder. Trata-se, assim, ainda uma vez, de criminalizar um movimento que se mantém como uma bandeira acesa, inquietando a consciência democrática do país: a nossa democracia só será digna desse nome, quando incorporar todos os brasileiros e lhes conferir, como cidadãos e cidadãs, o direito a participar da partilha da riqueza que produzem ao longo de suas vidas, com suas mãos, o seu talento, o seu amor pela pátria de todos nós.

Contra a criminalização do MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA!

Pelo cumprimento das normas constitucionais que definem as terras destinadas à Reforma Agrária!

Pela adoção imediata dos novos critérios de produtividade para fins de Reforma Agrária!


São Paulo, 21 de setembro de 2009

fonte: http://www.petitiononline.com/manifmst/petition.html

Haddad diz que a emenda da educação é histórica

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse na sessão solene do Congresso que promulgou a Emenda Constitucional 59, que amplia os recursos para a educação, que essa emenda é "histórica".

Haddad lembrou que esta foi a segunda emenda constitucional relacionada à educação promulgada no governo Lula. A primeira, de 2007, criou o Fundeb, o piso nacional do magistério, reformulou a repartição de recursos do salário educação e ampliou o ensino fundamental obrigatório de 8 para 9 anos.

Já a emenda promulgada hoje reformula outros quatro pontos: reivincula recursos retirados da educação, assegura o direito ao ensino básico gratuito para as pessoas de 4 a 17 anos (hoje a universalização abrange apenas o ensino fundamental, de 6 aos 14 anos); obriga o Legislativo a incluir no Plano Nacional de Educação uma meta de investimento público em educação pública como proporção do PIB; e amplia a abrangência das chamadas atividades suplementares para todos as etapas da educação básica.

"São oito mudanças que colocam nossa Constituição em um outro patamar", declarou Haddad.

A Emenda 59 exclui do cálculo da Desvinculação de Receitas da União (DRU) os recursos destinados à educação. A emenda foi aprovada pela Câmara em setembro (PEC 277/08) e pelo Senado na semana passada.

Compromisso
O relator do substitutivo da comissão especial da Câmara, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), declarou que a promulgação resgata o compromisso do Legislativo e da sociedade brasileira com todo o País.

"Devemos encarar a educação como projeto de nação, de sociedade, de Estado, e não deste ou daquele governo. Eu sou deputado de oposição e tenho orgulho, neste momento, de assistir a um ato de afirmação que este país pensa no seu futuro, nos seus filhos e na sua sociedade", disse.

Os presidentes da Câmara, Michel Temer, e do Congresso, José Sarney, disseram que a promulgação é um grande ato para a educação. A senadora Ideli Salvati (PT-SC), autora da PEC original, afirmou que, além de garantir mais recursos para o setor, a emenda constitucional vai ajudar as mulheres ao garantir vaga para seus filhos a partir de 4 anos de idade.

disponível em: http://www.hojenoticias.com.br/direito/haddad-diz-que-a-emenda-da-educacao-e-historica/

domingo, 17 de janeiro de 2010

O Preto Em Movimento - Mv Bill

Não sou o movimento negro
Sou o preto em movimento
Todos os lamentos (Me fazem refletir)
Sobre a nossa historia
Marcada com glorias
Sentimento que eu levo no peito
É de vitória
Seduzido pela paixão combativa
Busquei alternativa (E não posso mais fugir)
Da militância sou refém
Quem conhece vem
Sabe que não tem vitória sem suor
Se liga só, tem que ser duas vezes melhor
Ou vai ficar acuado sem voz
Sabe que o martelo tem mais peso pra nós
Que a gente todo dia anda na mira do algoz
Por amor a melanina
Coloco em minha rima
Versos que deram a volta por cima
O passado ensina e contamina
Aqueles que sonham com uma vida em liberdade
De verdade
Capacidade pra bater de frente
E modificar o que foi pré-destinado pra gente
Dignificar o que foi conquistado
Mudar de estado, sair de baixo
Sem esculacho é o que eu acho
Não me encaixo nos padrões
Que vizam meus irmãos como vilões
Na condição de culpados
Ovelha branca da nação
Que renegou a pretidão (Na verdade é que você...)
Tem o poder de mudar “ RAPÁ”
Então passe para o lado de cá, vem cá
Outra corrente que nos une
A covardia que nos pune
A derrota se esconde no irmão
Que não se assume
Chora quando é pra sorrir
Ri na hora de chorar
Levanta quando é pra dormir
Dorme na hora de acordar
Desperta
Sentindo a atmosfera, que libera dos porões
E te liberta (Sarará criolo...)
Muita força pra encarar qualquer bagulho
Resistência sempre foi a nossa marca, meu orgulho
É bom ouvir o barulho
Que ensina como caminhar (Eu estou sempre na minha...)
Não vou pela cabeça de ninguém
Pode vir que tem
Agbara, Ôminara, Português, Faveles ou em Ioruba, Axé
Pra quem vai buscar um acue
E deixa de ser um qualquer
Já viu como é
Preto por convicção acha bom submissão
Não, da re no Monza e embranquece na missão
Tem que ser sangue bom com atitude
Saber que a caminhada é diferente pra quem vem da negritude
Que um dia isso mude
Por enquanto vou rezar pro santo
E que nós nos ajude

CONSCIÊNCIA NEGRA, MODO DE USAR

Nei Lopes

Quando te disserem que você quer dividir o Brasil em “pretos” e “brancos”, mostre que essa divisão sempre existiu. Se insistirem na acusação, mostre que, neste país, 121 anos após a Abolição, em todas as instâncias, o Poder é sempre branco. E que até mesmo como técnicos de futebol ou carnavalescos de escolas de samba, os negros só aparecem como exceção.

Quando, ainda batendo nessa tecla, te disserem que o Brasil é um país
mestiço, concorde. Mas ressalve que essa mestiçagem só ocorre, com
naturalidade, na base da pirâmide social, e nunca nas altas esferas do
Poder. E que o argumento da “mestiçagem brasileira” tem legitimado a
expropriação de muitas das criações do povo negro, do samba ao candomblé.

Quando te jogarem na cara a afirmação de que a África também teve escravidão, ensine a eles a diferença entre “servidão” e “cativeiro”. Mostre que a escravidão tradicional africana tinha as mesmas características da instituição em outras partes do mundo, principalmente numa época em que essa era a forma usual de exploração da força de trabalho. Lembre que, no escravismo tradicional africano, que separava os mais poderosos dos que nasciam sem poder, o bom escravo podia casar na família do seu senhor, e até tornar-se herdeiro. E assim, se, por exemplo, no século XVII, Zumbi dos Palmares teve escravos, como parece certo, foi exatamente dentro desse contexto histórico e social.

Diga, mais, a eles que, na África, foram primeiro levantinos e, depois, europeus que transformaram a escravidão em um negócio de altas proporções. Chegando, os europeus, ao ponto de fomentarem guerras para, com isso, fazerem mais cativos e lu crarem com a venda de armas e seres humanos.

Diga, ainda, na cara deles que, embora africanos também tenham vendido africanos como escravos, a África não ganhou nada com o escravismo, muito pelo contrário. Mas a Europa, esta sim, deu o seu grande salto, assumindo o protagonismo mundial, graças ao capital que acumulou coma escravidão africana. Da mesma que forma que a Ásia Menor, com o tráfico pelo Oceano Índico, desde tempos remotos.

Quando te enervarem dizendo que “movimento negro” é imitação de americano, esclareça que já em 1833, no Rio, o negro Francisco de Paula Brito (cujo bicentenário estamos comemorando) liderava a publicação de um jornal chamado O Homem de Cor, veiculando, mesmo com as limitações de sua época, reivindicações do povo negro. Que daí, em diante, a mobilização dos negros em busca de seus direitos, nunca deixou de existir. E isto, na publicação de jornais e revistas, na criação de clubes e associações, nas irmandades católicas, nas casas de candomblé... Etc.etc.etc.

Aí, pergunte a eles se já ouviram falar no clube Floresta Aurora, fundado em 1872 em Porto Alegre e ativo até hoje; se têm idéia do que foi a Frente
Negra Brasileira, a partir de 1931, e o Teatro Experimental do Negro, de 1944. Mostre a eles que movimento negro não é um modismo brasileiro. Que a insatisfação contra a exclusão é geral. Desde a fundação do “Partido Independiente de Color”, em Cuba, 1908, passando pelo movimento “Nuestra Tercera Raíz” dos afro-mexicanos, em 1991; pela eleição do afro-venezuelano Aristúbolo Isturiz como prefeito de Caracas, em 1993; pelo esforço de se incluírem conteúdos afro-originados no currículo escolar oficial colombiano no final dos 1990; e chegando à atual mobilização dos afrodescendentes nas províncias argentinas de Corrientes, Entre Rios e Missiones, para só ficar nesses exemplos.

Quando, de dedo em riste, te jogarem na cara que os negros do Brasil não são africanos e, sim, brasileiros; e que muitos brasileiros pretos (como a
atleta Fulana de Tal, a atriz Beltrana, e o sambista Sicraninho da Escola
Tal) têm em seu DNA mais genes europeus do que africanos, concorde. Mas diga a eles que a Biologia não é uma ciência humana; e, assim, ela não explica o porquê de os afrobrasileiros notórios serem quase que
invariavelmente, e apenas, profissionais da área esportiva e do entretenimento. E depois lembre que a Constituição Brasileira protege os
bens imateriais portadores de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira e suas respectivas formas de expressão. E que a Consciência Negra é um desses bens intangíveis.

Consciência Negra – repita bem alto pra eles, parafraseando Leopold Senghor – não é racismo ou complexo de inferioridade e, sim, um anseio legitimo de expansão e crescimento. Não é separatismo, segregacionismo,
ressentimento, ódio ou desprezo pelos outros grupos que constituem a Nação brasileira.

Consciência Negra somos nós, em nossa real dimensão de seres humanos, sabendo claramente o que somos, de onde viemos e para onde vamos, interagindo, de igual pra igual, com todos os outros seres humanos, em busca de um futuro de força, paz, estabilidade e desenvolvimento.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Diferenciação de gênero: amar e mudar as coisas

É importante diferenciar o gênero nas nossas falas e textos para incluir, nominalmente, a mulher na história. Apesar das mulheres desempenharem importante papel na história, esta, por muito tempo foi escrita pela classe dominante (homens, ricos, brancos, europeus), representando o pensamento da classe dominante. Por isso, convencionou-se que ao falar de “homem” incluía-se a mulher – essa é uma das maneiras de inferiorizar e subjulgar as mulheres.

A língua portuguesa foi ganhando forma por volta do século XIII. A masculinização do português remonta a esse período da Europa no qual a mulher não era considerada cidadã, não tinha direitos políticos e no casamento era considerada propriedade do marido e este respondia legalmente por ela.

Pode-se perceber alguns casos de omissão da participação das mulheres na história: a Revolução Neolítica com o desenvolvimeto da agricultura a partir da observação da natureza pelas mulheres, na Revolução Francesa, onde a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão referia-se, literalmente, apenas aos homens – a proposta de Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã foi rejeitada. A Comuna de Paris, uma revolta popular contra a opressão do Estado, que foi iniciada pelas mulheres. As revoltas contra a escravidão no Brasil tiveram paticipações ativa de mulheres, como Dandara na luta em defesa do quilombo de Palmares. Essas personagens são diluídas, omitidas e esquecidas quando usa-se o universal masculino, mostrando este ser mais uma face cruel da opressão contra as mulheres. Daí a importância da diferenciação de gênero para afirmar e valorizar a participação das mulheres na história e na sociedade.

Um exemplo bem emblemático é a evolução do movimento gay/homossexual. Ainda por conta do machismo, que neste caso atinge homens e mulheres gays, a evidência da homossexualidade ficou focada no homem. Então, com a crescente do movimento feminista e de mulheres gays (décadas de 1960/70), estas preferiram se diferenciar reforçando o termo lésbica, justamente para se diferenciar do termo gay, pois este era identificado principalmente com os homens. Assim, a sigla GLBT foi mudada no Brasil para LGBT (2008) a fim de possibilitar maior visibilidade às mulheres.

Esse debate ganha força com a discussão acerca das ações afirmativas, definidas por Flávia Piovesan (2004) como “medidas especiais e temporárias que buscam remediar um passado discriminatório, objetivam acelerar o processo com o alcance da igualdade substantiva por parte dos grupos socialmente vulneráveis, como as minorias étnicas e raciais, entre outros grupos”. E aqui podemos incluir a questão de gênero.

Assim, estamos numa etapa que ainda não podemos pular: é o momento de afirmação da diferenciação de gênero! Reforçamos isso porque está sendo recorrente em alguns movimentos sociais a negação/omissão do gênero como forma de desmasculinizar a língua. Ou seja, ao invés do universal masculino (amigos, professores) e da diferenciação de gênero (todos e todas, professoras/es) está sendo omitido o gênero adotando o “@” ou o “x” (amigxs, professor@s) ou expressões unissex como “compas”. Não podemos justificar o não uso da diferenciação de gênero com argumentos como estética, economizar palavras/tempo. Transformação social requer esforço, luta.

Por outro lado, há aquelas/es que desconsideram a diferenciação de gênero como ferramenta para a transformação social argumentando que não adianta mudar as palavras se não mudar as pessoas. Essa explicação parece mais uma fuga do que um caminho, pois um não impede o outro e tão pouco pretende-se limitar a transformação social ao plano ortográfico/gramatical. Defendemos as ações afirmativas como uma ferramenta, não a única, mas como parte da luta pela transformação social e do combate às opressões.


Forum de Estudantes de Origem Popular

Secretaria Nacional de Casas de Estudantes regional Norte Nordeste

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Estudantes de Origem Popular e Ações Afirmativas

Falar de “Estudantes de Origem Popular” (EOP) normalmente inicia uma outra discussão: origem popular quer dizer que vem do povo, mas o que é povo? Bem, nesse texto trabalharemos a idéia de popular como aquelas pessoas oriundas das camadas socialmente vulneráveis: baixa renda, histórico familiar de pouca escolaridade e cursado em escola pública, moradia em espaços populares (áreas de remanescentes de quilombos, áreas de assentamentos e ribeirinhas, favelas, bairros periféricos ou territórios assemelhados), trabalho informal ou familiar, dentre outros fatores.

Ser EOP é então conviver com diversas dificuldades que interferem na formação educacional. Não raro provoca atraso nos estudos ou mesmo o abandono – e as conseqüências formam um círculo vicioso difícil de ser rompido.

Com baixa escolaridade, as opções de emprego são muito limitadas, predominando o trabalho informal que possivelmente proporcionará baixa renda. Com a formação da família suas/seus filhas/os tendem a repetir esse ciclo de dificuldades, uma vez que é difícil de ser rompido. Bem, é difícil, mas não impossível.

Como sabemos, a educação é um ponto chave na sociedade. Sendo assim, o acesso ao ensino superior é fundamental, mas essa entrada, condicionada às inúmeras dificuldades já relacionadas anteriormente mais o exame de seleção (vestibular/ENEM), apresenta diversos fatores que impedem o acesso e a permanência dos EOP’s nas Universidades.

Contudo, as/os EOP’s que conseguem chegar ao ensino superior geralmente são pela escolha de cursos de menor concorrência (menor prestígio social e menor retorno financeiro). E ainda têm a dificuldade de se manterem na Universidade que, mesmo as públicas, tem diversas despesas (transporte, cópia, alimentação) que provocam a evasão.

Por ACESSO entendemos a trajetória escolar e o exame de vestibular. A má qualidade das escolas públicas, a divisão do tempo dos estudos com o trabalho e a concorrência no vestibular tende a excluir as/os EOP’s do ensino superior. Daí a necessidade de ações afirmativas como a criação de Pré-Vestibulares Populares e as Políticas de Cotas.

Por PERMANÊNCIA entendemos a garantia com qualidade das condições de estudos até a conclusão. Daí a necessidade de Assistência Estudantil como isenção das taxas institucionais, bolsa estudo/trabalho/pesquisa, Residência Universitária, Restaurante Universitário, dentre outros pontos conforme o PNAES – Planos Nacional de Assistência Estudantil.

Esses dois aspectos – acesso e permanência qualificada – refletem duas tendências:

a) A universidade pública é um ambiente elitizado. O acesso de EOP democratizaria o ensino superior.

b) Hoje, do reduzido número de EOP’s que ingressam na universidade, parte considerável atraza ou desiste dos estudos por não ter condições de se manter, conforme pesquisa do Fonaprace (2004). A evasão desses estudantes contribui para a contínua elitização do ensino superior. Evitar a evasão é um passo para alterar esse quadro.

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